Sexta-feira, 23 de Março de 2007

 

 

 

Ontem levei ao Major Valentim Loureiro uma "bomba"! A viagem de ontem a Gondomar valeu bem a pena! Ele lá a utilizou –e bem- fazendo referência ao meu gesto “desinteressado”, na entrevista que deu à Judite de Sousa, na RTP1; mas a jornalista  nem se apercebeu da força da “onda de choque”.

 

Trata-se de uma conversa transcrita para os autos do processo "apito dourado" (sessão 9795, CD 23), entre o Major e o meu cliente (árbitro), que nunca existiu e que teria o seguinte teor:

 

“L- Estou a telefonar para pedir um favorzinho…

VL- Diga.

L- …para compensar as maldades!...

VL- Então?...

L- Eh… Oh Major, diga-me uma coisa: não… não me arranja dois bilhetes para a… para inauguração do… do Expo… da Expo… do Euro 2004?

VL  Amigo: estou a ver se arranjo. Estou a ver se arranjo porque estou… a ver junto da Federação, se é possível.”

                     ...    ...

L- Veja se me arranja isso, está bem?

VL- Está bem. Ok. Ok

L- De resto está tudo bem?”

 

Esta conversa, na tese da acusação provaria a grande intimidade entre o Major e o meu cliente. Mais! A cobrança de um favor do meu cliente ao Major em troca dos favores na arbitragem dos jogos com o Gondomar. E é a prova decisiva, que face à diminuta força e dúvida nas restantes, mas conjugada com elas, faz do Major o mentor de todo o esquema de “compra” de árbitros, pela interposta pessoa de Joaquim de Oliveira, seu braço-direito na Câmara.

 

 A prova de que o meu cliente não intervém na conversa, resulta dos próprios autos, porque o interlocutor do Major é outra pessoa sem ligação ao mundo do futebol, cujo número de telemóvel consta na transcrição e por acaso tem um nome próprio igual ao do meu cliente.

 

Aqui, de duas uma: Ou estamos perante um erro grosseiro… muito grosseiro mesmo de apreciação de prova, ou perante um caso grave de manipulação da mesma.

 

Juro que prefiro acreditar na primeira das hipóteses; Juro mesmo... porque a dar-se a segunda, abalaria os fundamentos do estado de direito!

 

Em todo o caso, depois disto, como fica a credibilidade do Ministério Público na aplicação do critério da livre apreciação da prova?

 

Assim, é tudo muito subjectivo. Agora entendem porque pede o Major o julgamento da televisão e não o dos tribunais?

 

 

 



publicado por Manuel Maria às 12:14 | link do post | comentar

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