As últimas pessoas recolhem-se.
Um grupo de estudantes ainda resiste
A esquina.
Na janela sobre a cidade
Admiramos a noite a subir
Aos telhados.
Quando te debruças
Para ver os pombos no varandim da frente
O bico dos seios revela-se no decote
O que me excita.
Abraço-te pela cintura,
Enrosco a minha perna nas tuas,
E percebendo a minha aflição,
Roças a coxa no meu sexo,
Que estremece.
Murmuras apontando a vidraça
Um andar abaixo:
-Viverá alguém naquela casa, ali?
E eu que já não vejo nem oiço,
Metendo-te as mão na blusa
Arrasto-te
Em valsa lenta
Para dentro.