Eu sozinho e duas gatas vadias.
As cabras, a burra e o cão,
Na loja, as tulhas vazias,
À porta, um talêgo de pão,
O fumeiro que seca no varal,
E a Hermínia, sempre de lenço e avental.
A mesa velha da Tia Vitória,
A sombra fresca da figueira,
Ao Domingo a missa obrigatória,
O vinho novo a correr da torneira,
E a Hermínia, ao muro, a espreitar sorrateira.
O Homem da carne ao sábado,
O peixeiro que vem quando calha,
As passas que secam no sobrado,
As azeitonas a curtir na talha,
E a Hermínia ao fundo do Balcão:
- As meninas, senhor Doutor, como estão?