Vejo, todas as tardes o Lucrécio passar no carreiro da vinha, o caldeiro na mão, a sachola ás costas, a caminho da horta. Afugenta dos pardais dos alfobres, bate o caldeiro, gesticula, dá tiros para o ar lá para as bandas da Fonte-das-Hortas...
Era assim - diziam- aos berros, que ele asssustava os meliantes, nos interrogatórios da esquadra, o Lucrécio.... Impunha o respeito da autoridade.
Como o tempo muda tudo! Agora no lugar das cordas vocais fizeram-lhe um buraco... usa um amplificador a pilhas para falar ...
Já nem aos pardais metem medo, os berros do Lucrécio!