A mesa, o lápis, a folha virgem
E ao lado a janela aberta
À Chuva da manhã.
Deixo a imaginação sair à rua
Molhada
Talvez duas rosas brancas
Cresçam
Talvez um cheiro a mulher
Suba
Talvez uma nuvem se abra
Em sol
Talvez a mão sinta o amor
Do vento
E rompa a onda
Em espuma.
Então, quem sabe, talvez a palavra venha na chuva,
Com a flor, a mulher, a nuvem, o sol,
Na vela ao vento,
Na crista da onda…
E as sílabas ao senti-la
Se dispam
E o poema
Nasça.