Pedra do cavalo
Nos cabeços
da minha infância
travei batalhas
conquistei reinos.
Vultos
de guerreiros
assomavam
no verde
nem eu sei
de onde.
E eu menino
com seis anos
encavalitava-me
na pedra...
um príncipe...
a cavalo:
Anda!
Anda!...
Cavalinho!
Anda!
E o pobre cavalo
pileca malhada
pedra dura
Nem se movia...
E eu comandante
à frente
daqueles exércitos
fantasmas
brandia a espada
e gritava:
Ao ataque!
Ao ataque...
Meus bravos!
Ao ataque!
E os vultos
que assomavam no verde
vindos de não sei onde
Nem se moviam...