Paul, o dragão, é vistoso e vermelho,
Com uma pluma no carapito
E nunca em toda a sua vida
Comeu cabrito.
À noite, quando lhe dá a fome,
Passeia pela torre e, quando já tudo dorme,
Voa pelos céus à caça de bácoros para os seus pitéus;
Mas às vezes contenta-se com tartes, outras uma simples tosta,
Enquanto os buchos curam no varal, como ele gosta.
No final do dia, o seu refrão grita com altivez:
-Amanhã vou comer bucho outra vez!
Paul, o dragão, é vistoso e vermelho,
Com uma pluma no carapito
E nunca em toda a sua vida
Comeu cabrito.
Quando volta ao castelo, de madrugada
Com a catrefa de bácoros roubada,
Bate na barriga com altivez:
-Amanhã vou comer bucho outra vez!
Paul, o dragão, veste o pijama
Tem o bucho cheio agora;
Finalmente chegou a hora
De ir para a cama.
Ficou amigo da princesa Diana,
Que lhe deseja sonhos cor-de-rosa.
Os bácoros dormem felizes;
Lá fora, brilha a lua, airosa.
Agora acaba a história, sem mais nem mês.
No carnaval repete-se tudo outra vez!