Segunda-feira, 26 de Abril de 2010

 

 

 

  

            «A falta de luminosidade no interior destas casas foi também fonte inspiradora para o velho Eusébio, um alentejano de Alter do Chão que durante alguns anos fez vida como lenhador e corticeiro cá em Toulões, fazendo, nas horas vagas, de poeta e filósofo na taberna.
            Estranhando o contraste entre a brancura do reboco afagado das casas do seu Alentejo e o xisto à vista das Beirãs, comparava as nossas casas, sombrias, com a mulher na sua essência, mais ou menos nestes termos:

            "Estas casas sem janelas são como as mulheres: todas escuras por dentro. Entrando nelas, deixamos de enxergar, perdemo-nos nos seus meandros e tarda-se em conseguir tornar a ver a claridade do dia.

                                                            In arcaz.blogspot.com

 

             Palavras sábias, as do velho Eusébio...

 



publicado por Manuel Maria às 16:17 | link do post | comentar

 

 

 

                Das cerca de três dezenas de reis, na monarquia, só tivemos a sorte de quatro ou cinco que se distinguiram: D. Afonso Henriques; D. Dinis na primeira parte do seu reinado; talvez D. Duarte; D. João II e D. Pedro V, que morreu antes do tempo.

                Os braganças, tirando D. Pedro V, em quem prevaleceu o rigor germânico e a inteligência superior dos Saxe-Coburg-Gotha aos medíocres genes nacionais; e D. Carlos, que podia ter sido um grande rei, e só quis sê-lo quando o regime estava irremediavelmente perdido, eram nulos e sem chama.

                As três repúblicas, também só nos trouxeram políticos medíocres. Por isto o país está na situação que sabemos. São séculos em plano inclinado, até ao desastre final.

                Sem fermento, não cresce o pão…

                O presidente checo não podia ser mais certeiro a respeito de nós como nação. O nosso presidente ouviu constrangido, na visita de estado a Praga, que somos um povo inconsciente, com a petulância em mostrar o que não tem nem é.

                Que balde de água fria! Como dói a verdade!

                E mais dói, quando é dita, como foi o caso, com requintada ironia…

                E para cúmulo, esta visita de estado a Praga não podia ter acabado pior. O nosso presidente regressando como devia ter ido; numa longa e penosa caravana, a fazer paragens no caminho, para comer sanduíches.

                 O boçal D. João VI, quando lhe apresentavam uma criança fidalga na corte, que como grande do reino cingia espada, fazia-lhe invariavelmente a mesma pergunta:

                - E para que quer o menino a espada?

                Para fazer jus à vulgaridade dos nossos governantes, pergunto também:

                - Voltou para quê, Senhor Presidente?

                Isto já está perdido... Puta que pariu!

 

 



publicado por Manuel Maria às 15:12 | link do post | comentar

Sábado, 10 de Abril de 2010

 

 

 

 

Mi Logia Madre

Rundle, el subteniente,

Beazle, el ferroviario y Achman, el intendente;

Denkin, el inspector y Blake nuestro

buen Primer Vigilante por dos veces maestro,

en la calle conversam con Edulges, delante

de su tienda. Allí afuera, en el mundo profano,

dicen ceremoniosos "Seãor" o "Mi Teniente"...

Y adentro solamente "Hermano Mío",

Hermano, sin gestos de obediência o poder..

tras la puerta cerrada

de la estancia en que se unen el Templo y el Talier.

Todo lo han nivelado la escuadra y la plomada.

Rangos y vanidades han de quedarse fuera.

Al orden de Aprendiz... Llamemos y adelante...

Y entrábamos en Logia... la logia en que yo era

Segundo Vigilante.

Hombres allí de todas las razas se han unido

bajo el nombre de hermanos;

con Bela, el conductor, yo he conocido

a nuestro Jud Saúl que en Aden fue nacido

y a Din Mohamed, el que levanta planos

para las oficinas del servicio agronômico;

y en triple brazo fraternal, en fin

comulgaban el sirio Arnir Singh

y Castro, un ex católico.

Pequeflo el Templo y pobre:

una estancia desnuda en una casa vieja,

abierta sobre la calie antigua, solitaria y muda.

Bajo el altar dos bancos y delante,

simbolizando el ara de granito,

una trunca columna de madera...

para cumplir estrictamente el Rito teníamos bastante.

Y yo, en Ia Logia, era Segundo Vigilante.

El cuadro se reunfa en tenida mensual

y, a veces, en banquete fraternal, Cuando alguno partía.

Entonces se solía habiar de nuestra patria, de Dios...

mas cada cual opinaba de Dios según lo comprendía.

Hablaban todos, pero nadie había

que rompiese los lazos fratemales

hasta oír que los pájaros, dejando sus nidales,

cantaban a Ia luz de un nuevo día

que lavaba Ia escarcha en los cristales.

Tornábamos a casa conmovidos

y, cuando el sol en el Oriente asoma

nos íbamos quedando adormecidos

pensando en Shiva, en Cristo y en Mahoma.

!Cuánto, cuánto daría

por llevar a otras Logias extrañas

el fraterno saludo de Ia mía!

Fui de las montafias a Singapore

guiado por la estrelia fraterna que dentro de mi llevo.

Cuánto, cuánto daría por hallarme de nuevo

entre las dos columnas de mi Logia materna.

Diera cuanto he tenido

por poderme encontrar nuevamente delante de la puerta

de aquella Logia donde he sido Segundo Vigilante.

Recordando a mi Logia siento ganas

de volver a estrechar fuertemente la mano

de mis hermanos blancos y de aquel otro hermano

de color que llegaba de tierras africanas.

Poder entrar de nuevo ai Templo pobre

de mi Logia materna, a la estancia desnuda

de aquelia casa vieja, abierta sobre la calle antigua

solitaria y muda.

Oír ai Guarda templo adormecido anunciar mi Ilegada

y mirarme delante de aquél mi Venerabie,

dei que he sido Segundo Vigilante.

Allí afuera, en Ia calle, en el mundo profano,

todos eran "Sefíor" o "Mi Teniente".

Y dentro solamente "Hennano mío.

Hermano, sin gestos de obediência o de poder.

Tras la puerta cerrada en que se unen el Templo y el

Talier

todo lo ha nivelado Ia escuadra y Ia plomada.

Y entrábamos en Logia...

La Logia en que yo era Segundo Vigilante.

 

Rudiard Kipling

 



publicado por Manuel Maria às 04:08 | link do post | comentar | ver comentários (3)

mais sobre mim
Março 2014
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1

2
3
4
5
6
7
8

9
10
11
12
13
14
15

16
17
18
19
20
21
22

23
24
25
26
27
28
29

30
31


posts recentes

PELO NOSSO IRMÃO MARCOS, ...

Canção do Volfrâmio

Bom Natal a todos!

O Primeiro Lugar da Poesi...

dramátia Aldeia ao abanon...

RAMOS ROSA E O SEGREDO O...

Recuperação do Património...

As viagens Iniciàticas de...

Os Talassas

Saudade Estranha

Tradição e Pragmatismo

Romance da Branca Lua

Cavaco e o canto da Maria

Crónica do Bairro Alto – ...

Uma História do Arco Da V...

Chá de Erva da Jamaica

Cada cabeça sua sentença!

Tribunal Constitucional ...

Até um dia, companheiro!

Meu último quadro

Paul, o dragão

A Terra Dos Cegos

A venda de uma vaca

Os Insensatos

Nostálgia...

O "Assalto" ao Castelo d...

A Conjura dos Animais

Lenda do Cruzeiro de Saca...

Boas festas!

tatoo

arquivos

Março 2014

Fevereiro 2014

Dezembro 2013

Novembro 2013

Outubro 2013

Setembro 2013

Julho 2013

Junho 2013

Maio 2013

Abril 2013

Março 2013

Fevereiro 2013

Janeiro 2013

Dezembro 2012

Novembro 2012

Outubro 2012

Setembro 2012

Agosto 2012

Julho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Dezembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Junho 2011

Maio 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

Janeiro 2011

Dezembro 2010

Novembro 2010

Outubro 2010

Setembro 2010

Agosto 2010

Julho 2010

Junho 2010

Maio 2010

Abril 2010

Fevereiro 2010

Janeiro 2010

Dezembro 2009

Novembro 2009

Outubro 2009

Setembro 2009

Agosto 2009

Julho 2009

Junho 2009

Maio 2009

Abril 2009

Março 2009

Fevereiro 2009

Janeiro 2009

Dezembro 2008

Novembro 2008

Outubro 2008

Setembro 2008

Agosto 2008

Julho 2008

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Outubro 2007

Setembro 2007

Agosto 2007

Julho 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Março 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Dezembro 2006

Novembro 2006

Outubro 2006

Setembro 2006

Agosto 2006

Julho 2006

links
blogs SAPO
subscrever feeds