Acorda o campo molhado
Da orvalhada matinal
Que o sol dissipa.
O dia nasce radioso. Mais um dia
Em que o sol levanta do restolho com as perdizes
Voando sobre a copa dos freixos,
No limite do rio.
A minha alma hoje não voará para muito longe.
Ficará aqui na espessura do salgueiral
Onde veio amarrar uma toutinegra.
È aí que elas cantam!
E a minha alma entende-as como ninguém!
Oh, se entende!
Orvalhada, sol, freixos, rio, salgueiral, toutinegra,
Encantos dissimulados na paisagem
Que o sol matinal revela.
E uma toutinegra canta: Sê, sê, sê…
Responde outra, duas galhas mais acima:
Livre, livre, livre…