Esta noite desce
Para adormecer a terra
Na frescura
Da orvalhada.
A sombra estendendo-se sobre os cabeços, um pouco acima das casas,
Das arvores,
Como uma manta sobre um corpo
Fatigado
A pegar no sono.
A mancha azul e sombria a erguer-se
Para nos alcançar no balcão
E tu apanhando a roupa do arame:
-Anda, vem para dentro...
E eu:
-As abóboras, não se apanham?
E tu:
-Não… amanhã também é dia…
Nós entrando
E lá fora a lua
Azul.
Azul...
Completamente
Azul.