-Que faz Σόκρατες, na passadeira vermelha?
Είναι οί Ευροκρατογ νά φθάσουν σήμρα.(1)
-Porque parou toda a cidade?
Είναι οί Ευροκρατογ νά φθάσουν σήμρα.
-Porque se levantou tão cedo Σόκρατες
e está em pé às portas da cidade
no seu fato cinzento e gravata azul?
Είναι οί Ευροκρατογ νά φθάσουν σήμρα…
E ele espera pacientemente
as delegações dos Eurocratas. Até preparou
um discurso de boas vindas
a congratular-se pelo acontecimento.
-Porque se engalanou o mosteiro
Em luzes amarelas e azuis
E no salão do museu dos coches,
onde já se alimentou a ração de fava muita cavalgadura,
serviram agora um lauto almoço de cataplana de marisco?
Γιαι οί Ευροκρατοι θά φθάσουν σήμρα.
Καί τέτοια πράγμάτα θαμπώνου τούς Ευροκρατους.(2)
- Porque, findo o repasto, caímos na tristeza de todos os dias
(como as pessoas ficaram sérias outra vez)
e voltámos cabisbaixos a nossas casas?
È porque isto já lá não vai com passadeiras vermelhas,
já lá não vai com discursos
nem com almoços de cerimónia
só “para inglês ver”!
É que findo o repasto, os Eurocratas vão-se embora
E nós ficamos sozinhos neste miserável país.
Καί τώρα κ’ κοί Ευροκρατοι δέν ηλθαν?(3)
(*) À espera dos Eurocratas
(1) Os Eurocratas hão-de chegar hoje
(2) Porque os Eurocratas chegarão hoje e tais coisas deslumbram os Eurocratas.
(3) E agora que vai ser de nós sem os eurocratas?