Vilar Maior
Pelo Outono,
Onde os verdes e amarelos
são tão variados como ninguém sonha
E os pores do sol tão suaves
Como ainda ninguém viu
E os carvalhais mais extensos que o tempo
Que nos sobra.
Vilar Maior
Pelo Outono,
Onde as tardes são as mais luminosas
E as noites sinfonias de estrelas
E no rumor do rio podemos escutar o silêncio profundo
das almas adormecidas.
Vilar Maior
Pelo Outono,
O meu quintal num extremo do povo
E a Figueira sobre o jardim e sobre o pátio
A dar-se com a minha alma
E a deitar os figos mais doces
Que alguma vez provei.
Vilar Maior
Pelo Outono...
Ou
De como pode ser tão doce
A existência!