E neste meu reino, até cinjo uma velha espada, de magnífica lâmina de Toledo, com que me investi em cavaleiro, e outro dia, fui dar entre os trastes do sótão, com uma velha bacia de barbear, que bem areada dará um magnífico elmo de mambrino.
Devo ter desenterrado com a bacia o espectro de um cavaleiro de triste figura, que me deu vontade incontrolável em albardar a glorinha e ir por esses campos fora, de forquilha na mão a fazer justiça aos fracos e a defender a honra das damas, dia sim dia não.
Dia sim, dia não… que não há pachorra para tanta falta de honra!
Dia sim dia não...
Que cansa ir por estas serranias fora, tão longe da civilização, indiferente aos castigos e medos, fitando unicamente, sob a cúpula de estrelas, o voo tutelar e invisível dos espectros das almas atormentadas.
Rei… e cavaleiro...
Mas dia sim, dia não!