Quinta-feira, 27 de Dezembro de 2007

 

 

  

Eu nada espero

E as saudades

Também não tenho.

Eu estou atenta

A ver passar

tudo o que passa.

 

Eu estou aqui

No meu lugar

Sempre a correr

Para quem passar.

……

Eu sou assim ninguém m’entende

Não sei mudar!

 

Chamam-me fonte,

Eu acho bem

É o meu nome. Quero-lhe bem…

Se não me entendem…

Que hei-de eu fazer?

Eu sou a fonte

Estou a correr…

 

Almada Negreiros

 

 



publicado por Manuel Maria às 18:27 | link do post | comentar | ver comentários (7)

 

 

  

            «Eu, português, conheço pelo menos dois portugais; um o dos portugueses, e outro o das portuguesadas. Eu creio firmemente que querer servir Portugal em portuguesadas é a mesmíssima coisa que meter-lha capilé p’ras veias. Portuguesadas são excelentes para fins de festa que tenham outro fim que não seja o de acabar com a festa.

            Não há maior inimigo do português do que as portuguesadas…

            A portuguesada é uma tremenda falta de pontaria do português.

            E por este andar o nosso querido Portugal irá sistematicamente sendo substituído pelas portuguesadas.

            O monumento ao marquês de Pombal o que é senão uma grandíssima portuguesada com todos os seus matadores? Aquilo afinal resume-se a contenda de Loja de Sacristia! Da história do Marquês está lá tudo em pedra, bronze e leão; mas qual é o português que aprenderá alguma coisa da história do Marquês porque lho tenha ensinado aquele monumento? Nem patavina!

            Um forasteiro das festas da cidade de Lisboa, em 1934, teve de prolongar a estada na capital depois de terminado o programa de festejos. E o pobre provinciano andava intrigadíssimo pelo facto de a C.M.L. não ter ainda mandado apear “aquilo” da Rotunda se as festas já tinham acabado há muito tempo!

            Com mil raios, é esta a melhor crítica, a mais justa que temos ouvido, sobre este monumental monumento» (Negreiros, Almada, Obras completas, Editorial Estampa, 6 p.183)  

 

 

 



publicado por Manuel Maria às 17:58 | link do post | comentar

Quinta-feira, 20 de Dezembro de 2007

 

vou cortar umas couves tronchudas para a Consoada!

 

 



publicado por Manuel Maria às 12:21 | link do post | comentar | ver comentários (4)

 

 

            

            A nossa profissão é como a dos padres: Conhecemos segredos e histórias inimagináveis, algumas delas divertidas, outras escabrosas. Umas podemos contar, outras, por questões deontológicas, não.

            Os processos de divórcio litigioso, são dos mais pródigos nestas histórias a que umas vezes assistimos divertidos, outras, surpreendidos, de a tanto ser capaz a miséria humana.

            Pois num destes processos, a mulher acusava o homem de adultério, que ele, evidentemente, negava.

            - Isso -contrapunha ele-  são imaginações da tua cabeça!

            -Ai são? –indignou-se ela- E aquele passeio a Fátima, com os meus pais?

            -Qual passeio?

            -Quando fizeste aquela travagem brusca…

            -Que travagem?

            -Quando o sapato de senhora te veio parar à frente…

            -Que sapato?

            -Aquele que julgaste ser da tua amásia…

            -Que amásia?

            -Não disfarces… -atirou ela irónica- tu todo simpatia a mostrares-nos  a paisagem, para te desfazeres do sapato pela janela…-e acertiva- ou julgas que não reparei?…

            -Reparaste em quê? -defendeu-se ele como pode- lá vens outra vez com a tua imaginação!

            -Ai é imaginação? Então porque é que ao sairmos –rematou ela triunfante-  a minha mãe, ao calçar-se, deu por falta de um dos sapatos?

            Não se dando por vencido, ele replicou:

            -Posso jurar que a tua mãe se esqueceu do sapato em casa…

            -Ai sim?

            -Sim… quando entrou no carro já vinha sem ele, que eu bem vi…

           

          

 



publicado por Manuel Maria às 12:05 | link do post | comentar

 

 

 

 

Era tudo isto o que nela se destacava:

Com toda a sua depravação

E muita experiência no amor

E todos os homens – incontáveis- que por ela passaram,

Havia instantes – quase raríssimos-

Em que parecia uma criança.

 

Nos seus trinta e tal anos de beleza,

E de prazer carnal

Tinha instantes em que, paradoxalmente,

Parecia uma criança.

 

 



publicado por Manuel Maria às 12:03 | link do post | comentar

 

 

  

            A criança de 10 anos, regressou da escola, chorando copiosamente.

            -Que tens filha? – quis saber o pai.

            -Já não sou virgem… - e fungando- sou uma vaca!

            -Estás a ver –recrimina o pai à mãe- isto só aconteceu pelo mau exemplo que dás, saindo de casa de mini saia curtíssima –e dirigindo-se à filha mais velha- e tu não és diferente… sempre na pouca vergonha com o teu namorado aqui no sofá da sala!...

            - Já que falamos nisso –remata a mulher-  não estás a esquecer também as tuas frequentes noitadas com umas e com outras?

            E chamando a petiz de parte, indaga a mãe com doçura:

            -Ouve cá, meu amor; conta à mãezinha o que se passou…

            -A professora tirou-me de Virgem Maria e pôs a Vanessa… Agora – explicou a criança desconsolada- sou a vaca!...

 

 



publicado por Manuel Maria às 12:02 | link do post | comentar

Terça-feira, 18 de Dezembro de 2007

 

 

  

 

-Que faz Σόκρατες, na passadeira vermelha?

 

Είναι  οί   Ευροκρατογ νά φθάσουν σήμρα.(1)

 

-Porque parou toda a cidade?

 

Είναι  οί  Ευροκρατογ νά φθάσουν σήμρα.

 

-Porque se levantou tão cedo Σόκρατες

e está em pé às portas da cidade

no seu fato cinzento e gravata azul?

 

Είναι  οί  Ευροκρατογ νά φθάσουν σήμρα…

 

E ele espera pacientemente

as delegações dos Eurocratas. Até preparou

um discurso de boas vindas

a congratular-se pelo acontecimento.

 

-Porque se engalanou o mosteiro

Em luzes amarelas e azuis

E no salão do museu dos coches,

onde já se alimentou a ração de fava muita cavalgadura,

serviram agora um lauto almoço de cataplana de marisco?

 

 

Γιαι  οί  Ευροκρατοι θά φθάσουν σήμρα.

Καί τέτοια πράγμάτα θαμπώνου τούς  Ευροκρατους.(2)

 

- Porque, findo o repasto, caímos na tristeza de todos os dias

(como as pessoas ficaram sérias outra vez)

e voltámos cabisbaixos a nossas casas?

 

È porque isto já lá não vai com passadeiras vermelhas,

já lá não vai com discursos

nem com almoços de cerimónia

só “para inglês ver”!

 

É que findo o repasto, os Eurocratas vão-se embora

E nós ficamos sozinhos neste miserável país.

 

Καί τώρα κκοί  Ευροκρατοι  δέν ηλθαν?(3)

 

       (*) À espera dos Eurocratas

(1)      Os Eurocratas hão-de chegar hoje

(2)      Porque os Eurocratas chegarão hoje e tais coisas deslumbram os Eurocratas.

(3)      E agora que vai ser de nós sem os eurocratas?

 



publicado por Manuel Maria às 22:12 | link do post | comentar

Segunda-feira, 17 de Dezembro de 2007

 

 

 

Às vezes tenho ideias, felizes…

Ideias subitamente felizes, em ideias

E nas palavras em que naturalmente se despegam…

 

Depois de escrever, leio…

Porque escrevi isto?

Onde fui buscar isto?

De onde me veio isto? Isto é melhor que eu…

Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta

Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?…

 

Fernando Pessoa 

 



publicado por Manuel Maria às 16:44 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Domingo, 16 de Dezembro de 2007

 

 

 

 

A última roupa estendida ao sol

E a velha Angelina chamava:

-Minina, vem comer!

E eu ansiosa:

-Posso, mãe?

-Podes…

Corria para o fundo do quintal,

Onde Angelina me servia em folha de bananeira

Pirão com peixe seco, em óleo de palma.

-Não tens garfo, Angelina?

-Come assim c’um mão, minina…

Explicava Angelina com doçura,

Levando a mão à boca.

 

-Ah, que saudades da velha Angelina…

-Suspira a menina, já mulher,

à frente de um Cherne no Tavares Rico-

-Aquilo sim… é que eram tempos!

 

 



publicado por Manuel Maria às 16:05 | link do post | comentar

Quinta-feira, 13 de Dezembro de 2007

 

 

Agora sei que sou um caçador. Nada mais

que um caçador.

cacei de salto e de batida e de largada

sobretudo de espera. Palavras

imagens

rimas

combinações de sons e de sinais.

Tentei muitas vezes acertar no alvo

alguns amores saíram largos

outros perto demais

armadilha fatal

caçador caçado.

A história passou baixo e aos ziguezagues

Entre sombras e arbustos à beira de água

a história como a galinhola.

Ouvi o grito da narceja ao, levantar

mas era o bater da ilusão lírica

era o tempo a fugir

ou talvez Deus o sentido sem sentido.

 

Agora sei que não fiz senão caçar

o poema o sopro os anjos que passavam

a peça solitária

os olhos da corça à noite

as aves dos milagres os teus braços

eternidade de passagem lebre corredora.

 

Agora sei que sou um caçador

e que por mais que acerte haverá sempre

um tiro um pouco lento

ou demasiado à frente

uma perdiz que escapa mesmo ferida

uma perdiz ao vento

uma perdiz. Ou talvez o tempo. Ou talvez a vida.

 

 

 Manuel Alegre

 

 



publicado por Manuel Maria às 12:31 | link do post | comentar

 

 

Dorna

 

            

Já caíam as primeiras folhas de Outono. Ouvia-se de vez em quando o assobio longínquo das árvores fustigadas pelo vento e o ruído do portão da rua a bater.

            Estava a família do morto e os convidados à volta do caixão; algumas velhas de xaile preto pelos ombros, muito chorosas, e alguns homens. Cheirava a mofo e fazia frio; uma mulher passou com uma braseira, que encaixou no estrado de madeira, ao canto da salinha.

            Formou-se então uma roda de quatro velhas à volta da braseira e uma delas, ao ouvido, para outra:

            - Foi da fermentação do mosto… - e referindo-se à viúva- aqui a Maria foi dar com ele já desacordado na dorna… - na dorna?-  Sim, na dorna… ainda o tiraram, mas já foi tarde…

            A outra persignando-se – morte santa; nem um ai… - e, chorosa, julgando que limpava as lágrimas ao lenço, levantou a saia e mostrou as calças à antiga.

            Um dos homens começou a rir; um riso que se pegou a todos os que choravam.

            De repente sentiu-se um cheiro a queimado.

            -Está alguma coisa  a arder -avisou alguém.

            As velhas levantaram-se, aflitas.

            -É o meu xaile… -a viúva em pânico- é o meu xaile…- labaredas- ai acudam!...

            E todos acudiram a apagar o fogo, esquecendo por momentos o morto.

 

           

 



publicado por Manuel Maria às 12:05 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Terça-feira, 11 de Dezembro de 2007

 

  

 

Bati à porta do gabinete e fui entrando. O juiz de círculo estava sentando à secretária, no extremo da sala, entre duas pilhas de processos. Interrompeu a escrita; e levantandando-se, dirigiu-se à porta, cumprimentando-me afavelmente:

-Então doutor… o que o traz por cá, tão longe da sua Comarca? – e dando-me uma palmada nas costas – há anos que o não via –aperta-me com força- com tem passado, o meu amigo?

            -Menos mal, senhor doutor…menos mal…

            E pondo-me a mão no ombro – vá sente-se – e fez-me sentar numa poltrona atrás da porta - sente-se homem… sente-se e conte-me… -sorriu, enigmático- vá lá meu amigo, conte-me… está quente, ou não, essa poltrona?

            -Hum… - hesitei- parece-me quente, doutor… porque pergunta?

            -É que você nem faz ideia de quem esteve aí sentado antes de si…

            -E quem foi, doutor… quem foi?

            -Uma gaja muito boa… uma loiraça do caraças…

            -Não me diga…

            - Imagine você –explicou então, divertido- que a tipa não me larga o gabinete…

            - Hum… é coisa séria…já estou a ver, doutor…

            -Qual quê!… é a minha vizinha do andar de cima… está a divorciar-se… e o processo dela, veja bem,  calhou-me na distribuição!...

            -Estou a ver a cena…-ri, divertido.

            -Pois…e os funcionários já gozam com a situação…

            -Não diga…

            -Digo, pois… são todos os dias bocas do género: «então senhor doutor… ah… anda a “comer” a loiraça, não anda?»

            -Não diga…ora essa…-finjo-me muito chocado- e o doutor sem o proveito…

            -Nem mais… eu bem lhes respondo… ela é que dorme por cima de mim; não o contrário… mas ninguém me leva a sério…

            Rimos os dois. E ele, rematou a conversa por ali:

            -Ah, que azar ela ser minha vizinha…

-Pois… faço ideia…

- Ah catano!... nem sei o que lhe fazia…

           

 



publicado por Manuel Maria às 13:28 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Sexta-feira, 7 de Dezembro de 2007

 

 

  

Sozinho, sentado na fraga

A ver a aldeia do outro lado do rio.

 

Um pássaro negro voa no céu infinito…

As primeiras sombras beijam os telhados,

Quando o horizonte se tinge de vermelho.

 

São Horas de regressar

Descendo pelo caminho

Do Poço da Andorinha.

 

 



publicado por Manuel Maria às 19:35 | link do post | comentar | ver comentários (2)

 

 

 

            O meu colega Vitorino Pereira é um pessoa simples e de aguda inteligência.

            Por ocasião de umas negociações num inventário complicado, reunimo-nos no seu escritório, numa sala com uma mesa e duas estantes rústicas que trouxe da adega do avô, nas Cortes, aldeia dos arredores de Leiria, onde também se dedica à agricultura.

            O cabeça-de-casal no inventário, homem a rondar os oitenta, já viúvo, juntou-se recentemente com uma senhora, que nas palavras maliciosas do Vitorino Pereira, “só lá vai a casa, para fazer o almoço e limpar o pó”.

-Pois…-contrapus eu- a limpar o pó…conte-me coisas, a ver se acredito…

-Ó colega – sorriu- a gente sabe como é; até os bichos têm medo da solidão...

Então, levantando os olhos do relatório de avaliação da verba principal, fixou-me uns breves segundos com aqueles seus olhos pequeninos, redondos, penetrantes, e contou a seguinte história:

-Quer ver como as coisas são, colega? Até a natureza nos dá ensinamentos para a vida… - e recostando-se na cadeira, pondo de lado o processo- Tinha lá na quinta uma cadela de raça e um cão rafeiro; A cadela era cheia de “pedegree” e o cão apareceu por lá, ladino, a namorar a cadela e foi ficando, tendo  várias ninhadas com a cadela, até que esta morreu há coisa de um mês.

- E depois, colega; que aconteceu?- quis eu saber.

-O cão andou uma semana, murcho, sem vontade de comer. Há coisa de quinze dias reparei que andava mais animado; eu sem lhe saber o motivo. Mas quando me levantei um dia pela manhã, para vir para o escritório, tropecei numa cadelita que  atravessava sorrateiramente o pátio. Ele vendo que o apanhara em flagrante, veio roçar-se nas minhas pernas a pedir um afago.

- Pois… eles sabem-na toda… -comentei.

- O mais engraçado - continuou ele- é que esta cena se repetiu nos dias seguintes. A cadelita aos poucos perdeu a vergonha, deixou de fugir e começou a ser visita regular de casa. E ele todos os dias me dava graxa a pedir autorização para que ela ficasse. Até que um certo dia, ao levantar-me reparei, para meu espanto, que tinham dormido os dois aos pés da minha cama.

- Relação assumida e conumada…-observei, divertido.

- O mais interessante – concluiu ele, alisando a barba- é que a partir deste dia, me passou a ignorar com a mesma indiferença, com que sempre o fizera.

Hoje terei nova reunião com o Vitorino para arrematar o assunto do inventário. Vou ansioso para ouvir o desenvolvimento desta história, ou, quem sabe, uma nova e interessante história, daquelas que só ele sabe contar.

           

 



publicado por Manuel Maria às 11:06 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007

 

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     «Aqui fica o registo, o Bilhete de identidade da mula de Albino Leonardo, latoeiro de profissão. A mula, para além dos transportes domésticos, servia para levar cargas de obra a todas as feiras e mercados próximos - Alfaiates, Miuzela, Freineda, Bismula. da carga faziam parte: caldeiros, baldes de regar, regadores, ogadores, lanternas, candeias, azeiteiras, funis, toupeiras, enchedeiras, copos vários, jarras, bacias ...

 

     Para além disto, fazia regularmete as vistorias e apta a ser requisitada pelo Ministério da Guerra em caso de necessidade.

 

     Desta mula se contam muitas histórias. Animal espantadiço, havia de derrubar o dono, corria o ano de 1948, tendo causado grave traumatismo numa das pernas de que viria a falecer. Em todas ashistórias subjaz a mulice, uma esperteza e manha própria deste solípede. Daí o dito: «Mula que faça hi! hi! e mulher que saiba latim não a quero para mim»

 

     A herdeira da mula, foi a viúva Isabel Silva que continuou o trabalho de latoeira e a vender a obra nas feiras. Depois a idade ditou o fim da mula e a chegada do plástico ditou o fim da artista. A mulher continuou ainda por longos anos cultivando a horta do Mindagostinho cuja presa em tempo de rega era despejada de manhã e à tarde».

 

                                                     in Vilarmaior1@blogs.sapo.pt



publicado por Manuel Maria às 14:06 | link do post | comentar

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